12.16.2008

12.13.2008

Alentejo em Lisboa




"Até ao próximo dia 13 [hoje] o Alentejo vai “morar” em Lisboa. Trata-se da iniciativa Semana do Alentejo que teve [dia 10] um “pontapé de saída” antecipado no Lisboa Welcome Center, no Terreiro do Paço. O evento vai envolver diversas acções, para o trade e público em geral. [...]

Mas o Alentejo já se passeia por Lisboa desde o passado dia 4, data em que se iniciou a distribuição de flyers sobre eventos na região, nas principais ruas, praças e centros comerciais da capital. Um flyer que resultou dos múltiplos contactos que a Turismo do Alentejo ERT manteve com os Municípios alentejanos no último mês.

No âmbito desta semana do Alentejo, os amantes do artesanato alentejano podem apreciar e adquirir peças da olaria de Nisa, São Pedro do Corval, Viana do Alentejo e Redondo no espaço do Lisboa Welcome Center."

@: turisver.com

12.12.2008

Precisa-se de matéria prima
para construir um País













"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a esperteza é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal, deixando os demais onde estão.
Pertenço ao país onde as empresas privadas são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta. Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'chico-espertice portuguesa' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, eleitos por nós. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?














Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.














Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro de que o encontrarei quando me olhar ao espelho. Aí está. Não preciso de o procurar noutro lugar.
E você, o que pensa?...."


Texto apócrifo atribuído falaciosamente a Eduardo Prado Coelho na versão portuguesa, ou a João Ubaldo Ribeiro na versão brasileira
Recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

12.10.2008

A Serra





Na minha infância gostávamos muito de ir brincar para os lados da Serra. Depois das aulas com o Professor Rodrigues, saíamos do S. João e toca a correr, pela travessa detrás da Creche, para o nosso campo de jogos. Eram tempos em que as poucas e facilmente transponíveis vedações eram feitas em grosseiros muros de pedras ou por toscos alinhamentos de silvados e piteiras. No meio dos penedos e das silvas erguíamos os nossos castelos de onde travávamos longas, mas sempre vitoriosas batalhas contra o castelo, lá em baixo na vila. Organizados em bandos competíamos pelos melhores territórios em premonitórias pelejas entre a Praça e o Castelo, ou entre a Serra e o Rossio. O saque dos vitoriosos era uma mão cheia de cromos da bola, reluzentes botões e berlindes ou mesmo alguns peões de madeira. Andávamos sempre arranhados, com grandes peladas na cabeça, cicatrizes de guerra que exibíamos orgulhosamente entre os nossos. Por essa altura fumámos, escondidos no meio do mato, os primeiros cigarros, “Provisórios, ou Definitivos”, roubados por um amigo mais corajoso, a um qualquer pai mais distraído.





Continuo a passear pela Serra, como um caçador armado da minha máquina fotográfica, lá de cima vou assistindo e registando o crescimento da vila, enquanto a natureza à minha volta continua impassivelmente a cumprir os seus ciclos.





Classificar a Serra de Viana, especialmente toda a encosta sobre a vila, como Reserva Natural é um imperativo, sendo várias as razões para que tal deva ser feito.
A principal prende-se com a própria protecção da vila contra as chuvadas que tendencialmente serão mais espaçadas, mas muitíssimo mais violentas. É necessário garantir que o coberto vegetal natural seja preservado, pois essa é a melhor forma de travar a erosão da encosta e os graves problemas que daí poderão advir.
É verdade que até hoje o tipo de exploração desta encosta tem sido equilibrado e em relativo respeito para com a Natureza. Há que garantir a continuidade de tal, para os vindouros e isso só será, a meu ver, possível se a encosta (porque não até ao S. Vicente?), for consagrada como espaço de utilidade pública.





Este verdadeiro pulmão verde poderia mesmo ser o grande “Passeio Público”, com alguns percursos delineados que permitissem a todos usufruir do espaço. Uma mais valia para a vila, mais um motivo de orgulho para todos nós.
Tenho plena consciência dos perigos que esta proposta coloca; em conversa com os amigos invariavelmente ouço dizer que qualquer mexida no local será como que o abrir de uma imensa “Caixa de Pandora”. Os imobiliários inevitavelmente aproveitarão para fazer negócio, espalhando frentes urbanizadas, a troco de uma qualquer coisa. Destruirão assim, segundo eles, a imagem que actualmente temos da vila encostada à serra quando regressamos a casa , ao fim do nosso dia de trabalho, vindos de Évora.

Mais uma razão para a classificação do espaço como de utilidade pública, a meu ver.
Acredito ser possível, dependerá unicamente da boa vontade dos Homens.

Leonardo Parvo


Recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

12.03.2008

Alcáçovas 5 /8.12.08







"A Vila de Alcáçovas volta a ser a capital da doçaria conventual e palaciana entre os dias 5 e 8 de Dezembro.
Este ano a mostra conta com a presença do Mestre Chocolatier Paulo Santos que irá efectuar ao vivo esculturas em chocolate, dia 8, das 14 às 18 horas."


Programa

Dia 5
18h - Inauguração com a actuação da Banda da Sociedade União Alcaçovense
20h - Concerto com a Banda da Sociedade União Alcaçovense

Dia 6
15h - Grupo Cantares de Alcáçovas
17h - Grupo Flores do Campo
19h - Grupo Coral Paz e Unidade

Dia 7
9h - Passeio TT - Rota dos Doces Sabores (Org. AJAL)
15h - Grupo Coral Velha Guarda de Viana do Alentejo
17h - Grupo Coral "Os Trabalhadores" de Alcáçovas
19h - Augusto Canário

Dia 8
14h/18h - Mestre Chocolatier Paulo Santos
19h - Grupo Alencanto
21h - Entrega de Diplomas


@: cm-vianadoalentejo.pt

12.02.2008

Vénus encontra Júpiter



A Lua, Vénus, Júpiter e a “Taberna do Fava”



Esta noite os três astros mais brilhantes do céu nocturno irão brindar-nos com um grande espectáculo visível após o pôr-do-sol. A conjunção de Vénus e de Júpiter com a Lua poderá ser observada a olho nu, caso as condições atmosféricas permitam a ocorrência de períodos de céu limpo.

Segundo explicou o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, "nos últimos dias surgem dois pontos brilhantes no céu, ao anoitecer, a sudoeste. São os planetas Vénus (o mais brilhante) e Júpiter, que lentamente se têm vindo a aproximar um do outro, em direcção à Lua".



Escondendo-se atrás da Serra



Concluída essa aproximação, os três objectos espaciais vão por fim ficar alinhados e, neste final de bailado celeste, Vénus e Júpiter deixarão de se ver por ficarem colocados atrás da Lua. O trio ficará tão unido que poderá ser ocultado por um polegar, no período horário que vai até às 18h30.


Lá em baixo, a Vila



A última vez que este fenómeno astronómico ocorreu foi a 7 de Outubro de 1961 e só virá a acontecer a 18 de Novembro de 2052. Rui Agostinho explicou que "o Observatório Astronómico de Lisboa não vai realizar uma sessão aberta ao público porque as previsões indicam chuva, o que é prejudicial para a observação com telescópio".

@: Correio da Manhã - 01.12.08 /00h30
Recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com