12.10.2005

Amores de Viana do Alentejo

Ingredientes:
1/2Kg de açúcar
2,5dl de água
200g de miolo de amêndoa em pó
0,5 L de água a ferver
7 gemas de ovos
Canela em pó

Coloca-se o açúcar ao lume com a água e a canela, deixando ferver
até obter o ponto de pérola.
Entretanto deita-se o miolo de amêndoa em pó numa tigela,
escalda-se com a água e tapa-se até abeberar. Passa-se a mistura
pelo passe-vite e junta-se ao açúcar, fervendo um pouco.
Retira-se e deixa-se esfriar.
Adicionam-se as gemas já batidas e volta ao lume para cozer.

Serve-se em travessa de barro, polvilhado com canela.

12.07.2005

Câmara Municipal acusada
de emprateleirar trabalhadores

Mavilde Pia, acusa a Câmara de Viana do Alentejo de não lhe dar trabalho para fazer.

"Já não aguentava mais estar isolada num gabinete do armazém,
sem condições de trabalho e nada para fazer há nove meses.
Na segunda-feira entrei de baixa devido a uma depressão.”

Estas foram as palavras de desespero de Mavilde Pia, 28 anos, um dos três funcionários da Câmara Municipal de Viana do Alentejo,
distrito de Évora, que, por várias razões, foram ‘colocados de castigo’ pelo executivo municipal."..

..."O presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Estêvão Pereira, mostrou-se surpreendido com as afirmações de Mavilde Pia e garantiu que na autarquia não é prática corrente a aplicação de castigos a funcionários."...

..."Para compreender as razões que levaram o executivo a mudar o seu posto de trabalho, Mavilde Pia marcou uma reunião com o presidente da edilidade, Estêvão Pereira, reeleito nas últimas eleições autárquicas pela CDU.

“Disse-me que não estava a desempenhar as minhas funções como devia ser e que, devido às faltas por andar a estudar, o arquivo
era o único local onde podia trabalhar.”
Pouco tempo depois recebeu uma nova informação para regressar
ao seu antigo posto de trabalho no armazém, mas voltou a ser surpreendida com uma ordem dos superiores hierárquicos.

“O meu lugar já estava ocupado e arranjei uma outra secretária.
Para meu espanto, foi-me instaurado um processo disciplinar
em Março por ter desrespeitado uma ordem superior que proibia, sem que tivesse tido conhecimento, a minha presença neste gabinete. Como solução arranjei umas placas de madeira no estaleiro e fiz o meu gabinete a um canto do armazém. Como castigo, porém, nunca mais me deram trabalho.”...


..."Além desta funcionária, estão nestas condições, segundo apurou
o CM, um motorista e uma técnica superior ligada à área da assistência social.

O motorista há quase três anos que não recebe qualquer trabalho, devido a um acidente provocado com uma viatura pesada da autarquia (no qual foi considerado culpado pela câmara).

A técnica superior, devido às sucessivas baixas médicas por causa de um problema de saúde, está há um ano também sem trabalho e ocupa
o horário laboral a ler revistas."...

Excertos de artigo publicado no Correio da Manhã de 4/12/2005

11.12.2005

Uns mais "Lusos" que Outros


Contencioso com a Comissão Europeia
sobre a qualidade da água para consumo humano

"O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias condenou
no passado dia 29 de Setembro a República Portuguesa por não tomar as medidas necessárias para satisfazer as exigências do anexo I da Directiva 80/778/CEE do Conselho, de 15 de Julho de 1980, relativa à qualidade das águas destinadas ao consumo humano. Esta Directiva foi transposta para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei n.º 74/90, de 7 de Março, posteriormente substituído pelo Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto, e actualmente pelo Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro.

Esta condenação refere-se a factos ocorridos nos anos de 1999 e 2000, reportados nos correspondentes relatórios nacionais sobre qualidade
da água para consumo humano, e decorre do não cumprimento das obrigações incumbidas por força do n.º 6 do artigo 7.º e do artigo 19.º desta Directiva. Significa isso que se verificaram em alguns sistemas
de abastecimento público desconformidades de parâmetros microbiológicos, que podem ter um potencial impacte na saúde pública, e dos parâmetros ferro e manganês, com impacte reduzido ou nulo.

Na sequência desta condenação, o IRAR elaborou um documento com reflexões sobre a necessidade de investir na melhoria da qualidade da água para consumo humano em Portugal."

Instituto Regulador de Águas e Resíduos /link

PESTICIDAS A PESQUISAR
EM ÁGUAS PARA CONSUMO HUMANO
NO ANO DE 2006

"Lista elaborada em Agosto de 2005, tendo em conta as vendas de produtos fitofarmacêuticos ocorrida em 2004, a retirada de algumas substâncias activas do mercado e dados de pesquisas anteriores..."

"...6.2 - Alentejo Central

Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel, Vendas Novas, Viana do Alentejo, Vila Viçosa

Substâncias activas:
Cimoxanil, metalaxil, MCPA, clortolurão, linurão, terbutilazina*

*Sempre que sejam pesquisadas as substâncias activas atrazina e terbutilazina, devem ser igualmente pesquisados os metabolitos correspondentes desetilatrazina
e desetilterbutilazina"


Instituto Regulador de Águas e Resíduos / Download de "pdf"
Publicado em: www.irar.pt
© IRAR 2005. Todos os direitos Reservados.

10.29.2005

As Dificuldades das Parcerias


Muito se fala das barreiras arquitectónicas e das dificuldades
que representam para os deficientes,
e por outro lado das parcerias para a resolução destes problemas
na sociedade, mas parece que não é este o caso.

Nesta foto pode ver-se as dificuldades resultantes das parcerias
entre TELECOM, EDP e CMVA.
Não bastava os dois postes, senão a Câmara ter recortado
o passeio para albergar o contentor do lixo.

João Carlos
recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

10.25.2005

O Condado de Viana

"Repovoada (séc. XIII) por Gil Martins (pai do Conde de Barcelos),
no reinado de D. Afonso III.
D. Dinis deu-lhe foral em 1321 e fê-la vila por carta de 9.11.1313.
O mesmo monarca construiu o castelo (monum. nac.),
posteriormente remodelado, e a igreja paroquial (monum. nac.)
reconstruída no séc. XV-XVI, e que é um dos principais templos
manuelinos do País, com um altar todo forrado a azulejos do séc XVI.
Possui dois conventos:
o de Jesus, de freiras jerónimas (único em Portugal),
construído de 1553 a 1560
e o de S. Francisco, de terceiras franciscanas, fundado em 1528,
mas desde 1580 ocupado por frades.

O actual edifício da Igreja de N.ª S.ª de Aires foi erigido em 1743,
com duas torres e zimbório, a substituir uma velha igreja
pertencente aos Templários (dela se fala no séc. XIV)
e que terá sido edificada no local de um templo antiquíssimo:
dos seus terraços abarca-se vastíssimo panorama.
Outro sítio pitoresco, nos arredores da vila,
é o monte de S. Vicente, com uma vetusta capela em ruínas.

A vila teve as designações de Viana de Foxim (Foxem),
Viana de a par de Alvito e Viana de Alvito. Foi 1º conde de Viana
de a par de Alvito D. João Afonso Telo (m. 1384),
já senhor do condado em 10.4.1376."



BIBL. Guia de Portugal, II; M. Luísa Gomes,
Viana do Alentejo, Lx. (s/d) M. Alves/Enc.L-B.Cult.-Verbo

10.24.2005

"Barlavento" Alentejano


"Viana está a ficar feia. Parece que um arquitecto de outras bandas
se pôs a aprovar projectos a torto e a direito e cada vez mais
a nossa Vila parece um lugarejo do barlavento, um "lugar da estrada"
da Estremadura. Temos colunas a suster balcões, recuados, varandas
com escadarias, ladrilhos a imitar pedras rústicas e muitas, muitas escadas exteriores. Uma sucessão de kitshs e pleonasmos - que já de si são palavras esquisitas que só podem significar coisas complicadas
e pouco agradáveis.

As pedras centenárias choram e clamam pelo "Plano Director"
ou de "Pormenor" que proteja e salvaguarde o nosso espaço urbano
das agressões do meio: ostentação, pobreza em espírito,
falta de profissionalismo e mais do que tudo a inércia
dos responsáveis políticos.

Que sítio no mapa fará um viajante afastar-se 50 kilómetros da sua rota para o Algarve, Espanha ou Lisboa?
Uma Vila que não renega as suas origens, com um traçado honesto
e hospitaleiro, com restaurantes e albergues, artesanato, ofícios
e cultura viva; ou uma Vila fechada sobre si própria, entre a Fratejo
e as novas "maisons" - subúrbio longínquo de Évora?" sic

S. Vicente
recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

10.17.2005

Autarquias/Democracias

"Nestas coisas das eleições autárquicas, dificilmente se poderá falar
de democracia. O actual modelo não se adapta à realidade dos tempos
que correm, sendo urgente a criação de novas soluções que fujam
à lógica clientelista.

À partida quem está no poder tem sempre a vantagem; inaugurações criteriosamente marcadas para a altura das eleições, jantares
com reformados, passeios de autocarro, etc. Tudo isso é campanha eleitoral, tudo isso é pouco democrático já que é pago por todos nós.

Depois, sendo as câmaras municipais a maior entidade patronal
das nossas comunidades temos as centenas de funcionários, caras metades, filhos maiores, tios, avós, etc. que constituem logo uma base eleitoral muito jeitosinha e pouco interessada em grandes mudanças
ou reformas.


A seguir, temos as colectividades e associações das quais os senhores vereadores são muitas vezes presidentes, secretários, tesoureiros.
Todas têm de ter a sua sede, ou pelo menos a promessa de a virem a ter, todas têm de ter o seu subsídio anual. A gestão destes anseios cria fortes laços de dependência que naturalmente beneficiam quem
já se encontra no trono.

Por outro lado, uma parte da comunidade prefere este tipo de gestão.
É o deixa andar, o faz de conta que não estou a ver. Entre uma situação permissiva para a maioria (mas não para todos), ou uma situação
de firmeza na aplicação das leis (em que as normas são para todos), prefere-se a primeira, mesmo que com isso se esteja a hipotecar o futuro da sua comunidade.

Se somarmos a tudo isto a tendência do português para o
conservadorismo e imobilidade, em conjunto com a inoperância
dos políticos da oposição, é de admirar que a maior parte
dos Presidentes reeleitos deste País não o tenham sido
com a totalidade dos votos.

Mas uma nova realidade se avizinha, estamos a entrar em 4 anos
de vacas magras, e se continuarmos a viver dos balões de oxigénio
do dinheiro que nos é "doado" pela câmara padroeira, sem desenvolver
as potêncialidades verdadeiramente produtivas da nossa terra (turismo, indústria, agricultura, oficios), quando acordar-mos estaremos ainda mais pobres e mais dependentes.

Como é que estes senhores irão gerir este novo cenário?
Quando o dinheiro do cimento e da administração central se acabar, será que estes senhores ainda viverão entre nós, ou irão usufruir
das suas chorudas reformas para outras bandas, fugindo ao caos
que pariram?

Neste momento estamos de olhos postos no trabalho que a lista
de independentes de Alvito irá desenvolver. Para o bem ou para o mal será uma experiência interessante de seguir e com a qual muito se poderá aprender." sic

Zé da Burra
recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

10.14.2005

News: "Próximo País a Invadir..."

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  • 10.10.2005

    As Autárquicas em Viana

    O actual elenco ganhou mais uma vez a maioria, para além de ter recuperarado a Junta de Viana do Alentejo.
    A campanha, pardacenta e sem discussão de ideias ou projectos,
    esteve bem de acordo com o País real.

    Aquele que poderia ser um momento interessante, um debate na rádio, transformou-se numa desilusão, já que só o candidato do PSD
    teve a coragem de comparecer.
    Para além disso houve uns painéis partidos, uns cartazes pintados,
    um comunicado anónimo, enfim nada de interessante.
    Os resultados foram particularmente desastrosos para o PS que ainda
    não percebeu que as candidaturas se constroem em quatro anos
    e não em quatro meses, mas vamos deixar a análise dos resultados
    para cada um.António Meneses
    cegagatos@hotmail.com

    Leituras*: Nacionais


    *Mário Soares viola lei eleitoral

    *Automobilistas vão poder comparar preços
    dos combustíveis nas auto-estradas

    *Agricultores antecipam manifestação em Lisboa
    para 25 de Outubro

    *«Sobre as micro-causas nos blogues»
    (Abrupto), por José Pacheco Pereira


    10.09.2005

    Descubra o seu Quadrante Político

    The Political Compass - Aqui nós, vulgares cidadãos podemos
    "ficar a saber" onde nos situamos ideologicamente.
    Usado desde há anos por um conjunto heterogéneo de cientistas sociais, políticos, jornalistas e, mais recentemente por bloggers.
    Esta "Bússola Política" tem uma virtude anti-dogmática - a ideia
    de que as nossas convicções políticas são coisas que se descobrem,
    em vez de se saberem à partida.
    Parte do principio que eixo esquerda/direita, definido na base de visões alternativas sobre como devem ser redistribuídos os recursos nas nossas sociedades (opondo, para simplificar, Socialismo
    e Capitalismo), não chega para traçar o mapa ideológico das democracias ocidentais. Mudanças nas experiências ocupacionais, educacionais e de estilos de vida dos cidadãos fizeram com que uma segunda dimensão dos conflitos ideológicos se tivesse tornado relevante: "libertarianismo" versus "autoritarismo".
    Se está indeciso, faça o teste, pode ser que ainda vá a tempo - antes das urnas fecharem.

    http://www.politicalcompass.org/

    10.08.2005

    Domingo será dia de Eleições

    Domingo será dia de eleições autárquicas, se mais uma vez a malta jovem, e não só, não ficar em casa.

    Mais um sábado de conversa e copos. Que os políticos são assim,
    são assado, era preciso era mudar o sistema, mas não há nada a fazer que os gajos estão todos feitos uns com os outros...
    Até pode haver bastante verdade nestas observações, mas o que também é verdade é que sem a participação de todos não será possível alterar
    o rumo das coisas. E é necessário alterar o rumo das coisas!

    E assim, se nada acontecer, Viana será cada vez mais um dormitório
    de Évora, um local para passar o fim-de-semana.
    Não uma comunidade, mas tão-somente uma bicha de carros
    que de manhã e à tarde percorrem a mesma estrada. E as Fratejos,
    pedreiras, agricultura, etc. continuarão a fechar as portas - grande negócio o nosso.

    Meus caros, quem não vota e depois chora pelos bares e cafés, quem não cumpre os seus deveres de cidadania, quem só fala mas nunca participa, pode crer que tem muitas culpas no cartório e a sí, em boa parte, pode agradecer o actual estado das coisas.

    António Meneses
    cegagatos@hotmail.com

    10.07.2005

    Clip Paraíso*: "News Report from Iraq"

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  • 10.04.2005

    O Sol, a Lua e as Pessoas

    A Lua compareceu pontualmente ao encontro. A pouco e pouco
    foi cobrindo o Sol, uma luminosidade amarelada de entardecer
    espalhou-se por todo o lado, o ar refrescou. Parecia que o dia
    ainda há pouco começado se preparava para findar.





    Os pequenos
    espaços
    entre as folhas
    das árvores,
    ao deixarem
    passar
    alguns raios
    de Sol,
    projectaram
    nas paredes
    incontáveis
    eclipses.

    Como as máquinas fotográficas das feiras de outrora,em que
    um pequeno orifício destapado pela mão experiente do fotógrafo,
    permitia a impressão invertida da imagem na película.


    Tudo coisas simples, de uma beleza que as pessoas se desabituaram
    de apreciar. Não ligam, falam mas recusam-se a olhar.
    Porquê?
    Têm medo ou estão simplesmente apáticas?

    António Meneses
    cegagatos@hotmail.com

    10.03.2005

    Clip Paraíso*: "Water's Rock n'Roll"

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  • 10.01.2005

    9.24.2005

    Carta Aberta ao Sr. Presidente
    da Câmara Municipal de Viana

    do Alentejo

    Em tempo de eleições é normal que os candidatos, nomeadamente
    os que se sentam na cadeira do poder, se abstenham de atitudes polémicas, especialmente se delas podem advir prejuízo para a sua imagem e campanha; é normal em tempo de eleições.

    Quando na terça-feira passada visitei o nosso Cine-Teatro para conhecer as tão esperadas obras de remodelação, fiquei
    sem palavras quando, no vestíbulo de entrada, me deparei
    com uma placa comemorativa (estilo lápide), descerrada no dia
    da inauguração por Vª Ex.ª, onde se lê:


    "A DEVOLVER AO POVO
    O QUE NUNCA LHE PERTENCEU"

    Pelo que me toca não posso deixar de pensar que tal frase foi emitida ou pelo menos consentida por Vª Ex.ª.
    A citação, confusa, quer dizer literalmente que, apesar do cinema
    ser propriedade da Câmara desde há anos, não pertence ao povo
    e ainda não se sabe quando o vai ser – note-se que a lápide
    não diz devolve-se, diz "a devolver" isto é, está ainda em vias
    de acontecer, não se sabe quando...

    Partamos do princípio de que a generalidade dos Vianenses conhecem, porque nela participaram, a história deste Cine-Teatro,
    especialmente nos últimos dez anos, antes de ter sido vendido
    à nossa Câmara. Dispensa-se, por isso, uma longa e fastidiosa descrição.

    Espanta-me, no entanto, Sr. Presidente, que seja necessário lembrar-lha, e logo a si que foi funcionário daquela casa e, após isso, assíduo cliente. Lá assistiu e participou, em muitos momentos históricos, a numerosas iniciativas que decorreram naquele espaço e saberá a importância que teve para muita gente da nossa terra e povoações vizinhas. Felizmente isso e muito mais está documentado num vastíssimo álbum de fotografias, recortes de jornais, cartazes e vídeos que um dia destes terei o prazer
    de organizar em exposição e partilhar com a população
    (não me esquecerei de convidar Vª Ex.ª).

    Acha que tem sido melhor patrão do Cine-Teatro enquanto presidente do que o foram os gerentes privados?
    Pode desmentir que aquele espaço sempre esteve mais aberto para todos anteriormente do que desde que passou a pertencer
    à Câmara Municipal?
    Por mais promessas que faça, duvido que alguma vez seja capaz
    de permitir uma utilização multicultural e multidisciplinar,
    nem sequer democrática e plural.

    Não é correcto dizer-se que se devolve em vez de empregar-se
    o verbo adequado, que seria entrega-se. Trata-se mesmo, pela data da inauguração, de uma tentativa de reescrever a história, completamente inadmissível. A história daquela casa começou
    a ser escrita por quem a mandou construir, esse sim, um grande homem, de seu nome Jesuíno José Simões. A memória de quem efectivamente fez obra merece, no mínimo, o respeito de todos
    os que actualmente usufruem dela.

    Muito mais haveria a dizer, poderíamos falar do projecto
    de descentralização cultural que ali teve lugar, das inúmeras parcerias com as mais diversas entidades do Concelho; teatro, cinema, discoteca, exposições, até música clássica, eventos
    para novos e velhos, para verdes, vermelhos e azuis, etc. etc.
    E antes do 25 de Abril, as rusgas da Pide, o Zeca Afonso…

    A placa deveria ser corrigida, na própria pedra:
    "A devolver ao povo o que sempre lhe pertenceu”. sic



    Publicado por Manuel José Serpa Baião
    | Diário do Sul | 2005-09-23 |

    8.15.2005

    As Pulgas Democráticas

    "Histórias portuguesas
    inspiradas no melhor do cinema
    neo-realista italiano

    O meu velho amigo e colega Baptista Fernandes trabalhou,
    nos anos 50, em Viana do Alentejo.

    A escola era uma casa (mal) adaptada ao exercício da profissão.
    De resto, quando digo "mal adaptada", utilizo uma espécie
    de eufemismo: na realidade, tratava-se de um pardieiro
    cheio de buracos que não foi alvo do mais pequeno esforço
    de adaptação.

    Dos tais buracos, saíam inflamados exércitos de pulgas famintas, dispostas a uma perigosa troca de fluidos com o professor
    e com os alunos (pulgas democráticas, estas: picavam
    - e picavam bem - sem olhar a quem).

    Farto das incursões dos dípteros insectos, pernas inchadas
    à conta dos esforçados estiletes dos bichos,
    o Professor Baptista Fernandes (a necessidade aguça
    o engenho),magicou uma solução estranha (porém eficaz): Diariamente, antes de entrar para a sala de aula, rotinou
    o procedimento de arregaçar as calças até meio da perna, autopolvilhando-se, de seguida, com um poderoso
    e famoso desinfectante adstringente, vulgarmente conhecido
    por DDT. E aconselhou as mães dos alunos a fazer o mesmo
    aos filhos.

    Cientes do perigo atinente, o produto era utilizado com senso
    e moderação e resolveu o problema do pulguedo.
    Como, quem não tem cão caça com gato, e na falta de verba
    para se proceder à desinfestação, quem sabe se, com esta ideia,
    não terá o mestre evitado males maiores."
    sic

    Publicado por ACarvalho - 4 de agosto de 2005
    http://reguengos.weblog.com.pt/

    6.10.2005

    De Quem gosta de Nos Viajar

    Viana do Alentejo - Informação Geral

    "É uma das vilas mais airosas do Alto Alentejo, onde as suas fontes naturais têm permitido abastecer abundantemente de água
    as planícies secas da região desde o tempo dos romanos.

    Esta abundância de água transforma os campos em redor da vila
    em hortas e quintas e enche as ruas de Viana do Alentejo
    de chafarizes: um dos mais interessantes é o belo chafariz de mármore embutido numa das esquinas da antiga Câmara Municipal.

    O castelo da vila, iniciado em 1313, possui curiosas torres cilíndricas, de influência árabe, e foi remodelado no século XV.

    A vizinha Igreja Matriz, do século XVI, mais parece uma fortaleza
    com as suas ameias e pináculos, e exibe um esplêndido portal manuelino, primorosamente trabalhado, e um interior imponente
    de três naves.

    Não longe da vila, a enorme igreja e santuário de Nossa Senhora
    de Aires, erguendo-se numa bela planície, atrai peregrinos
    desde 1743, e as paredes interiores estão totalmente revestidas
    de ex-votos, cuja humildade contrasta com o rico dossel dourado
    do coro: isto faz com que seja uma espécie de "museu" vivo de arte popular, e as festas em honra de Nossa Senhora de Aires, celebradas em Setembro e que incluem uma feira de três dias,
    são igualmente coloridas, com danças, cantares e uma típica tourada à vara larga.

    Em Alcáçovas, vale a pena visitar a imponente Igreja Matriz, rodeada de campos férteis atravessados por três ribeiras.

    Esta região de planícies do Alto Alentejo serve de abrigo
    à abetarda, uma das aves mais corpulentas da fauna nacional."
    sic

    Publicado por Isabel Joyce
    http://viajar.clix.pt/

    5.13.2005

    Turismo Romeiro

    "Para pedir protecção para o gado e boas colheitas, centenas
    de pessoas participaram numa romaria a cavalo entre a Moita
    e o Santuário de Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo).

    De ano para ano o número
    de romeiros não tem parado
    de aumentar.

    A iniciativa serve igualmente
    para promover as potencialidades
    turísticas da vila alentejana."
    sic

    2005-04-27 | Diário do Sul | pag. 8