9.24.2008

"Feira D'Aires - Uma tradição
que vem de longe"




“A Feira D'Aires representa para nós, Vianenses, um evento muito especial e é de todos os que realizamos, o maior e mais atractivo.

Nesta época de Feira a nossa Vila fica mais branca e os primeiros cheiros de Outono são recebidos como prenúncio de festa, aquela que a feira nos vai traze.

Toda esta organização que é montada para a feira visa, por um lado, responder à altura da exigência que a tradição nos impõe e, por outro, procura enquadrar-se com as necessidades dos dias de hoje. A Feira D'Aires será, porventura, uma das últimas e seguramente das principais feiras da região sul onde conseguimos manter este equilíbrio. Aliamos a grande componente de feira franca com os novos espaços de exposição e venda de máquinas e veículos. Acrescentámos-lhe os espaços empresariais cobertos, onde as empresas que cada vez mais nos procuram e de diversas zonas do País, encontram as condições que desejam para aqui se promoverem e darem a conhecer todo o seu trabalho. Inovámos com os espaços alimentares e de restauração bem como diversificámos os pólos e locais de animação. E, por tudo isto que refiro que a feira é, sem dúvida, um dos pontos mais altos no nosso calendário de realizações.

A feira adoptou o nome do Santuário, em torno do qual se realiza. Esta magnífica construção e todo o peso de simbolismo religioso que apresenta é, obviamente, o principal motivo pelo qual a feira se realiza. É pela existência do Santuário que, ao longo de todo o ano, muitos milhares de pessoas se deslocam a Viana do Alentejo.

Actualmente, o Igespar entendeu avançar com o processo de classificação deste monumento como sendo de interesse Nacional. A Câmara concorda com esta iniciativa mas ficamos, igualmente, preocupados com a mesma. Até aqui, a colaboração da Câmara com a Paróquia de Viana tem funcionado muito bem sempre que foi necessário intervir para garantir os melhoramentos que o Santuário necessita. Daqui para o futuro será necessário envolver uma entidade externa ao Concelho, e vamos esperar que possa continuar a funcionar bem. Na verdade, esta é uma situação difícil de explicar porque, se por um lado, a classificação de interesse Nacional deveria salvaguardar os monumentos e garantir-lhes os fundos para a sua recuperação, na prática, isto não acontece. Mesmo no nosso Concelho temos um triste exemplo que é o Palácio dos Henriques, em Alcáçovas. Monumento Nacional, propriedade do Estado e, ainda assim, num avançado estado de degradação que não nos deixa minimamente tranquilos com o que se poderá vir a passar com outros monumentos aos quais seja dado o mesmo caminho.

Existe entre a Câmara e a Paróquia de Viana um amplo consenso em relação ao ordenamento da zona envolvente ao Santuário de Nossa Sr.ª D'Aires, bem como à necessidade de aqui criar uma área moderna, bem equipada para responder às inúmeras solicitações que, ao longo do ano, o Santuário regista. Vamos continuar a trabalhar para alcançar esta realidade e esperamos que a previsível entrada do Poder Central neste processo seja um factor de melhoria e aceleração destes processos, e não um travão à concretização dos mesmos.

Com as ideias que partilhamos, pensamos ter todas as condições para aqui criar uma zona onde o desenvolvimento do nosso Concelho se poderá afirmar.

Se assim for certamente que a Feira D'Aires do futuro contará ainda com mais sucesso do que aquele que todos já lhe reconhecemos.

Desejo a todos uma óptima Feira D'Aires.”

O Presidente da Câmara
Estevão Machado Pereira

@: Programa da Feira d'Aires 2008
Recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com

22 comentários:

Anónimo disse...

Tão meloso :) e derrepente tão preocupado e sentimentalista com a cultura da terra ;)Mas como lhe deu, vai-lhe passar... derrepente!

Anónimo disse...

Eu cá fiquei muito preocupado com as preocupações do nosso preocupante edil.
Cristal de Alcobaça

Anónimo disse...

Concordo que o Paço dos Henriques devia ser recuperado. Percebo até que em tempo de pré-campanha se tenha de namorar o eleitorado de Alcáçovas; mas acho de uma imensa injustiça passar por cima do excelente trabalho que o IGESPAR fez nos últimos anos no Castelo de Viana.
Pena é que o tal poder local tenha acompanhado no exterior o magnífico trabalho que aquela instituição fez no interior.
António Meneses

Anónimo disse...

Política (má), a todo o custo e muita, muita falta de chá.
Estás a ver porque é que não gosto de perder tempo com esta gentinha?
S

Anónimo disse...

Adenda, qual cartaz da Feira D'Aires

Pena é que o tal poder local NÃO tenha acompanhado no exterior o magnífico trabalho que aquela instituição fez no interior.

António Meneses

Anónimo disse...

Excelente trabalho este realizado em amplo consenso com a Paróquia de Viana, no interior da Cerca. Tudo muito arrumadinho, o novo bloco de sanitários de apoio ao Santuário, a recuperação das ruínas, o lixo removido, enfim, a requalificação do espaço.
E que dizer do incinerador de velas “high tech”, ou daquele alpendre em betão, digno de qualquer casa tipo “maison”, nem o engenheiro Sócrates faria melhor.
Que se lixe o património, é preciso é capitalizar.

Marcos 11:15 E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

Anónimo disse...

Amigo estás a esquecer-te das intervenções no exterior da Cerca. Aquela miríade de postes simbolizando um aprazível e refrescante bosque, a rotunda do giroscópio, as estruturas metálicas e casinhotas utilizadas a cada 3 dos 365 dias do ano, a excrescência do sanitário, o lindo e muito útil parque de merendas...

Anónimo disse...

O Presidente da Câmara está mais preocupado com o facto de ter perdido um cliente (Paróquia de Viana). A partir de agora não há mais justificação para dar a "esmola" ao senhor padre para o ter na mão, nem espaço de manobra para manter aquele projecto de mamarracho (que chamava de requalificação)para a zona envolvente ao Santuário.

Anónimo disse...

Senhor presidente, anda você preocupado com o processo de classificação por parte do Igespar, quando deveria ficar satisfeito, pena nossa o mesmo instituto não tomar conta do casco urbano de Viana que como pode comprovar em tese de mestrado da Arqta. Elsa Caeiro feita há já uns anos é neste momento uma triste imagem do que foi. Deveria fazer um atendimento no Igespar, facava a saber que o local em questão e sua envolvente é um dos locais com mais romanico nesta zona do alentejo. Quem sabe o que nos poderá guardar a senhora d'aires, cultura romana ou betanesca!!

Anónimo disse...

Escreve o Sr. Presidente da Câmara:

“Daqui para o futuro será necessário envolver uma entidade externa ao Concelho, e vamos esperar que possa continuar a funcionar bem…..”

Este e outros Presidentes de Câmara ainda não se convenceram que o País é um todo, e não o somatório de concelhos/quintinhas onde cada um decide como quer e gasta os nossos impostos a seu bel-prazer.
Por este andar, qualquer dia esta gente reivindica para os “seus” municípios o sistema feudal, onde o Sr. das terras aplicava a justiça e mantinha sua própria força militar.

Para os habitantes do nosso concelho a classificação do Santuário e as obras que eventualmente lá possam ser efectuadas vão ter obrigatoriamente o aval o IGESPAR- Évora, entidade suficientemente perto, mas a “milhas” dos interesses dos irresponsáveis que, têm sido os grandes obreiros da vandalização urbana sofrida pela nossa terra que a torna quase irreconhecível.

As pessoas, de bem e de fé, não querem o Santuário salvaguardado unicamente pela Igreja/Executivo que deixaram ao longo dos anos estragar as oferendas colocadas pelos crentes no seu interior e nos legaram, entre outras prendas, aquela desfigurada “horta”, onde pululam barracas por todo o lado.
Com tanto consenso entre a Câmara e a Paróquia de Viana, tal com diz o Sr. Presidente, relativamente ao ordenamento da zona envolvente ao Santuário de Nossa Sr.ª D'Aires, onde está para consulta esse esboço, projecto ou maqueta para discussão com a população e respectivos devotos.

Profícua colaboração entre este executivo e os vendilhões do templo.

É tudo feito nas costas do Zé-povinho, bem podiam ter editado num boletim de propaganda municipal um desenhinho, para justificar a tão apregoada democracia participativa existente, só escrita no incumprido programa eleitoral.

Acrescentaria às palavras do Sr. Presidente a seguir citadas: “a previsível entrada do Poder Central neste processo seja um factor de melhoria e aceleração destes processos, e não um travão à concretização dos mesmos.”
- se forem mamarrachos e afins que sejam de imediatamente travados esses projectos, pois o executivo deve nortear o seu trabalho perspectivando-o para o futuro e não para retribuir a interesses vagos e imediatos.

Em Évora, a feira de S. João, está cercada de património classificado e até ao momento tem sabido conviver com o mesmo.
Não é pelo IGESPAR que vamos deixar de ter a nossa feira, antes pelo contrário, essa Entidade, será o garante da sua valorização.

Margarida da Santa Padroeira

Anónimo disse...

Gostei de ler e fiquei muito mais enriquecido... Continuem a partilhar conhecimentos !

Anónimo disse...

Que Grande porcaria de espectaulo de free style, ó meus...

Anónimo disse...

Realmente concordo contigo, não foi grande coisa, mas quem não gosta, não vai. Olha vai ver o de hoje que acho que é porreiro.
Boas festas....

Anónimo disse...

ó pá então o homem tem que apoiar o afilahdo

Anónimo disse...

Parece que o vosso Estêvão continua a acalentar a ideia de construir junto ao Santuário de Nª Sr.ª D’Aires o megalómano pavilhão de exposições, penso que inicialmente exposto aos munícipes, na Feira de 2000.
Posteriormente o projecto foi revisto tomando a forma de uma construção semi-enterrada, mas ainda assim com forte impacto sobre o local.

Esse e outros projectos podiam ser consultados no site da Câmara, mas as recentes “melhorias” no mesmo levaram ao desaparecimento dessa informação.

Pelo que sei, das conversas com os meus familiares e muitos amigos que aí tenho, a situação sócio-económica no Concelho não difere da do restante País. Como é possível então manter a autista ideia de construir na Sr.ª D’Aires um equipamento de que Viana não necessita? Destroem o enquadramento do Santuário, endividam a Autarquia, têm que manter as instalações (semi-enterrada e com coberturas visitáveis), tudo isso para três ou quatro dias de utilização.

As estruturas de apoio de que o espaço carece, nomeadamente blocos sanitários, poderiam perfeitamente ser construídas na cerca e no casario agrícola existente. Tudo o resto resolve-se perfeitamente, como aliás se tem visto, com os pavilhões provisórios instalados à medida dos eventos.

Luís M

Anónimo disse...

O Senhor Presidente no se texto, nas suas intenções implícitas e explicitas, ofende mais que tudo Nossa Senhora. O edifício, a romaria, a feira, tudo isso só existe pelo culto a Nossa Senhora, ali representada pela imagem da Srªa D’Aires.
Se pensa que é assim, cínica e arrogantemente, Deus me perdoe, que vai conquistar o respeito dos homens ou ganhar o seu cantinho no Céu, desengane-se!

Anónimo disse...

ò pá esse estevão tem os dias contados à frente da Camara.

Anónimo disse...

claro k tem. Ou no final deste mandato ou do proximo, porque a lei assim o diz. Pela voz do povo,não de meia dúzia de bloguistas, parece k podia continuar por mais uns anos. Vocês teem dificuldade com isso mas paciência. Aguentem.

Anónimo disse...

Aguentamos, aguentamos... assim comássim já tamos treinados, já aguentámos o Salazar quarenta anos,a santa inquisição práí uns trezentos, o Vasco Gonçalves dois ou três, porque não aguentar o ex-jovem pereira mais uns quantos?

Anónimo disse...

Parece que as festividades englobam também o lançamento de um livro sobre o Cine-Teatro.
Humm, grande segredo e bem guardado, cheira-me a mais um um episódio.

Anónimo disse...

Estive em Viana na Sr.ª D’Aires, na festa do pessoal nascido em 58. Embora os meus amigos estejam habituados a ouvir-me dizer que sou do Barreiro, a verdade é que nasci em Alcáçovas, tantos são os anos que já aqui passei. Fiquei triste com o que ouvi e vi, nessa tarde. Sei que quando somos novos as coisas têm um aspecto diferente, mas mesmo assim não gostei. A minha imagem de Alcáçovas tem sido actualizada com as visitas que aí faço, duas ou três vezes ao ano. Está arrumada, os meus conterrâneos falam com orgulho de si e da sua, nossa terra, dos seus vereadores. Viana no entanto está cada vez mais suja, desarrumada, mal cuidada e isso para além de ser visível por qualquer um, é dito em primeira-mão pelos próprios Vianenses, num tom triste e lastimoso, como se de algo inevitável se tratasse. Sublinho que isso muito se desagradou mas no fundo o que me ofendeu mais foi constatar que as pessoas que se queixam não apresentam soluções para aquilo que lhes desagrada, nem tão pouco lhes vi força anímica para alterar a situação. Faço votos para que se consigam reunir vontades para alterar essa situação.

Um amigo

Anónimo disse...

Embora aquém das expectativas, confirma-se:

CINE TEATRO VIANENSE
Três anos de nova vida!

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