6.17.2008

O 14º Congresso
de uma parte do Alentejo

Por Guy Le Querrec - Alentejo. Baleizao.




"Estive envolvido na organização do XIV Congresso do Alentejo
com o compromisso de unir e não dividir.
E não fosse o expectável expediente a que se recorreu para contornar o que se decidiu por consenso, o encontro teria iniciado o processo necessário de mudanças.
Apesar da aparente abertura, o Congresso esteve longe de ser um fórum de debate plural e muito mais distante de ser a reunião magna dos alentejanos." [...]

"Ali esteve a maioria da lamúria, da angústia e do desânimo.
O que não deixa de ser antagónico com as mudanças que aqui se vivem e que combinam de forma única num Alentejo realizável onde tem de surgir uma mudança de atitude, que substitua a revindicação pelo compromisso da pró actividade, onde as pessoas passem a actuantes e não expectantes. E mesmo que tivesse valido o bom senso de não se aprovarem moções ou conclusões do congresso, como aconteceu, por falta de legitimidade e por não ser possível retirar qualquer conclusão de ideias tão divergentes como as que lá se ouviram, imperou o velho de tique de compor a realidade de acordo com agendas que não procuram o consenso.

Para a grande parte dos que ali ouvimos pouco importa o Alqueva,
o TGV, os investimentos no turismo, os aeroportos, ou o Porto de Sines e as plataformas logísticas. Porque simplesmente não querem ouvir falar do futuro, preferindo sempre o passado.

E vai-se tão longe como exigir grandes investimentos públicos
e privados que estão já em execução ou querer tomar para si como estratégico o que está já definido nos planos de desenvolvimento estratégicos nacionais. Lá voltámos a ouvir que o Congresso aprovou a reivindicação, em nome do Alentejo.
O que transforma um fórum na usurpação da opinião diversa e prova que continua a faltar uma verdadeira cultura regionalista.

Afinal o que mudou após treze edições do Congresso do Alentejo?
Muito pouco. Há coisas que levam muito tempo a mudar.
Há outras que se tornam irremediavelmente obsoletas." [...]

Crónica de António Leitão, @: dianafm.com- 17.07.08

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