10.08.2008

Casas no Alentejo
vão demorar seis anos a vender




[...] "A previsão é feita pela consultora Prime Yield, num estudo sobre a oferta de habitação disponível no mercado nacional e a previsão para os próximos anos. A consultora estima que em Julho de 2008 a oferta de apartamentos novos e usados atingisse os 215 mil imóveis. Só no portal Sapo.pt, a oferta de casas disponibilizadas é de 164 mil fogos.

A Prime Yield considera que a este número deve-se juntar mais de 50 mil imóveis em venda no mercado, que não estão registados no site, e os que são objecto de operações de securitização (créditos malparados) nem de posterior venda. Parte significativa da habitação é usada – cerca de 122 mil imóveis – enquanto a habitação nova conta com 42 mil imóveis. [...]

A Prime Yield considera que “a médio prazo as tendências demográficas apontam para um desequilíbrio acentuado entre a procura natural e a oferta de fogos usados”. Este facto vai levar a “que nos próximos anos se verifique um aumento do prazo de escoamento e, em simultâneo, a uma diminuição gradual da oferta de produto novo, devido à estagnação do usado”.

O Alentejo e o Algarve são as duas regiões que se seguem com excesso de habitação para venda. No caso do Alentejo, verifica-se que a actual oferta só será escoada num período de seis anos. Nesta região é visível que a oferta usada, que totaliza os 24 mil imóveis, é largamente superior à oferta nova, com apenas 6500 fogos. No Algarve, onde o período médio de escoamento é de dois anos, a oferta ronda no total as 5800 casas, sendo a usada (3400 fogos), também superior à nova (2300 fogos)." [...]

@: diarioeconomico.sapo.pt 19.09.08

7 comentários:

Anónimo disse...

Quem se vai ver à rasca são os donos da bruta urbanização da antiga fratejo porque aquilo tem terreno que nunca mais acaba

Anónimo disse...

Provavelmente, mas isso não traz conforto nenhum ao cidadão comum, e muito menos às pessoas que têm os seus postos de trabalho, directa ou indirectamente ligados à construção civil. Muitos pessoas irão cair no desemprego, numa altura em que o sector imobiliário em Espanha, possível alternativa de trabalho, entra em falência, com o próprio país a cair na recessão económica. E como isto é uma pescadinha de rabo na boca, quando a coisa está mal para uns…

Anónimo disse...

Sim meu caro amigo, mas não esqueças que boa parte desta crise que nos rebentou na cara se deve a gente do tipo dos “donos da bruta urbanização”. Foram eles e os seus amigos dos bancos que andaram estes anos todos a enfiar casas pelas goelas das pessoas abaixo. Para eles não há crise,e ainda nos hão-de dizer um dia que ninguém nos obrigou a comprar, que fomos parvos e a culpa é nossa. Levem mais dinheiro, diziam os amigos dos bancos, aproveitem, comprem um carro, mobilem as casas, vão de férias, etc, etc.

Anónimo disse...

Foi realmente uma pena que o Executivo da nossa Autarquia não tivesse tido possibilidades de apresentar aos seus Munícipes, os estudos em curso para a revisão do Plano Director Municipal do Concelho.
Será que com todo o presente cenário ainda continuarão a defender a criação de novas urbanizações, em detrimento da reabilitação urbana? Porquê o secretismo com que este dossier está envolto?

Anónimo disse...

Realmente qualquer pessoa que ande pelas ruas de Viana repara na quantidade de casas que estão para venda e mesmo para alugar, já não falando naquelas que qualquer dia ainda nos caem encima. Para que é que se vão fazer mais ruas, mais tubos de águas, de esgotos e de electricidade para tratar, mais caixotes de lixo para despejar? Não era melhor tratarem primeiro do que já temos?

Anónimo disse...

Porra, já agora o que é que está feito nesse terreno da fratejo? Nada..., foi só pa tapar "o sol do alentejo" com a peneira e cumprir prazos... que já estavam a ser ultrapassados, haja compaixão e dó meus amigos.

Anónimo disse...

é bem verdade que a crise é grande e o pior não são as casa que estão por venderm embora sejam importantes para uma industria primordial na nossa região, o pior mesmo é o factor subjacente á não venda das mesmas: a falta de dinheiro para tal.Já passei por algumas crises e não sou homem de me ir abaixo com facilidade mas não me lembro de ter visto as coisas tão negras como as vou vendo agora.

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