[...] "A cavaleira já tinha cravado dois ferros compridos e trocou de cavalo para os ferros curtos. Reentrava na arena quando o pior aconteceu e a cavaleira acabou colhida pelo touro." [...]
foi transportada para o Hospital de Torres Vedras, onde lhe foi diagnosticada a fractura do pulso esquerdo. O acidente aconteceu precisamente com o mesmo cavalo, o «Forcado», com que há cerca de um mês Ana Batista caiu na Nazaré, sofrendo um traumatismo craneo-encefálico." [...]
"a cavaleira garante que estará de regresso às arenas em Viana do Alentejo, no dia 28."
3 comentários:
Em pleno século XXI a continuação destas práticas bárbaras ajuda a perceber muita da miséria que por aí anda. O ser humano ainda tem muito que aprender antes de se poder considerar melhor que os demais bichos.
http://www.youtube.com/watch?v=EzQ_NBV5Z4g
“O sofrimento não pode fazer parte das nossas tradições.”
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
Música de Fernando Tordo. Escrito por Ary dos Santos no final de 1972 Interpretada por Fernando Tordo, concorreu ao Festival da RTP de 1973 onde obteve o 1º lugar. O regime de então não lhe achou muita piada, mas eu acho.
Só tenho pena, para além do desgraçado do touro, é do cavalo.
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