"As sete autarquias do distrito de Évora lideradas por socialistas assinaram com o Governo o contrato de transferência de competências em matéria de educação. De fora ficaram as Câmaras Municipais lideradas pela CDU e por independentes. “Houve outros municípios (CDU), não no nosso distrito mas no Alentejo, que assinaram este contrato, nomeadamente Sines e Nisa, assim como independentes, como é o caso de Alvito”, disse Norberto Patinho, presidente da Câmara de Portel, considerando que “essas câmaras entenderam não ser oportuno e isso é legitimo”.
A Câmara de Portel foi uma das autarquias que assinou o contrato de transferência de competências na área da educação e o autarca entende que esta descentralização é benéfica para a comunidade escolar. “Esta transferência de competências pode resultar numa melhor educação para as nossas crianças e jovens”, disse Norberto Patinho.
Já a Câmara de Arraiolos foi um dos sete municípios que não aderiu à descentralização de competências em matéria de educação. Jerónimo Lóios considera que as verbas, atribuídas pelo Governo, são insuficientes. “O município de Arraiolos só em transportes escolares, no ano lectivo anterior, gastou 300 mil euros e o Governo transferiu-nos, através do fundo social municipal, pouco mais 120 mil euros”, disse o autarca, considerando que “este défice, que o município teve de suportar, deveria ser suportado através das transferências do orçamento de estado”. “Em primeiro lugar devem ser consolidadas as actuais competências e depois o desenvolvimento para novas competências”, afirmou.
Alandroal, Borba, Estremoz, Évora, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz aderiram à transferência de competências na área da educação, enquanto que Arraiolos, Montemor-o-Novo, Mora, Vila Viçosa, Redondo, Viana do Alentejo e Vendas Novas recusaram a proposta."
1 comentário:
O primeiro passo para a futura e integral privatização de mais uma fatia do aparelho de ensino. Depois da macrocefala Lisboa ter falhado em toda a linha, a classe política desculpabiliza-se passando a pouco e pouco a batata quente para as autarquias. Como as águas, os resíduos urbanos e coisas assim, não tardarão a surgir as tais empresas intermunicipais, ou coisas que o valha, para tratarem do assunto. Presididas e assessoreadas, pelos tradicionais e sempre imprescindíveis ex eleitos, claro está.
Quem tiver dinheiro, está safo, quem não tiver ...
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