A Embraer admitiu, numa nota de rodapé de um comunicado, que as estimativas para a implementação de duas fábricas de componentes de avião em Évora podem não se concretizar, em pontos como o plano de investimento.
"A Embraer, a empresa que vai instalar duas fábricas de componentes de aviação no Alentejo e o terceiro maior construtor mundial de aviões, admitiu que as estimativas para o projecto em Portugal podem não acontecer.
O alerta foi dado numa nota de imprensa distribuída, este sábado, no Centro Cultural de Belém (CCB), durante a cerimónia de apresentação do projecto, que contou com o primeiro-ministro português, José Sócrates, e o Chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva.
Em letra pequena numa nota de rodapé do comunicado, a empresa informa que o documento pode conter projecções sobre circunstâncias ou eventos ainda não acontecidos, sendo que essas estimativas estão sujeitas a «riscos, incertezas e suposições» sobre vários aspectos.
Entre os pontos que levantam dúvidas à empresa destaca-se o plano de investimento e a capacidade de entrega dos produtos que a empresa fabrica nas datas previamente acordadas.
Assim sendo, a Embaier escreve que não se sente «obrigada» a publicar actualizações, nem a rever estimativas e sublinha que este argumento dos riscos e incertezas inerentes leva a concluir que as estimativas e as previsões podem não acontecer, justificando que os resultados reais podem diferir substancialmente das expectativas agora criadas.
A empresa brasileira de aeronáutica é líder da fabricação de jactos comerciais até 120 lugares e prevê criar cerca de 3500 postos de trabalho com a implementação das duas fábricas em Portugal.
Confrontado pelos jornalistas, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, explicou que a nota de rodapé significa apenas que a empresa tem de enfrentar os riscos inerentes à indústria aeronáutica, um sector que atravessa alguma turbulência, sublinhando que o projecto para Portugal não está em causa."
da nota de imprensa @: www.tsf.pt 26.07.08
1 comentário:
Todos nós devemos ficar satisfeitos com o investimento da Embraer, gerador de riqueza e naturalmente de emprego directo/indirecto, muito especialmente em Évora mas igualmente no nosso concelho se formos activos e perspicazes.
A freguesia de Aguiar, com uma situação geográfica privilegiada, pode tirar partido da instalação deste gigante da aeronáutica. É claro que, tratando-se de uma empresa privada tem como objectivo maximizar os seus lucros, são essas as regras, é assim que o mundo funciona, na maior parte das vezes explorando de forma descarada aqueles que vendem a força do seu trabalho.
Também há outras empresas em que as mais-valias retiradas do trabalho têm peso conta e medida, veja-se o caso da Autoeuropa em que a administração sempre tem chegado a acordo com os trabalhadores através da sua adulta comissão representativa. Esperemos que seja esse o modelo de gestão da nova empresa, uma nova “Autoeuropa dos aviões” no Alentejo, lucrativa, mas também com preocupações sociais.
Sobre o crescimento da futura empresa, será o mercado a decidir, também é habitual, nada tem de extraordinário.
Os apóstolos da desgraça gostariam que tudo corresse mal, principalmente o que resta da elite ortodoxa do PCP, instalados confortavelmente na vida, rodeados pela carestia alheia, sentem-se como peixes na água. Só num cenário de escassez material será possível ao PCP recuperar a ambicionada Câmara de Évora.
E nós por cá?
Vamo-nos endividando na construção de espaços de lazer, em cada vez mais passeios e almoços (eufemísticamente chamada acção social), em crescendo até às próximas eleições, despejando alcatrão em muitos lugares onde não se deve fazê-lo.
Qual a posição do executivo camarário sobre este investimento?
Vão agir positivamente ou vão pedir à Nossa S. D’ Aires para que este projecto fique reduzido ao mínimo Não posso acreditar que pensem dessa forma.
Mas se pensarem de forma negativa, vozes de burro não chegam ao céu -
Deus é Grande.
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