O papagaio dizia
à boca cheia
palavrões, um horror,
por conta de outrem.
(Diziam que era bazófia)
Dizia, já não diz.
Alguém sem sentido de humor
o matou por conta própria.
João de Sousa Teixeira
Poeta, natural da cidade de Castelo Branco, João de Sousa Teixeira reside há nove anos em Viana do Alentejo. Para além dos livros de poesia e ficção dados à estampa – de destacar aqui o muito interessante “Mar de Pão”, editado em 2003 pela “Campo das Letras” –, João Teixeira tem colaboração dispersa em várias publicações desde 1970, assinando uma crónica mensal do “Ensino Magazine”.
“Rebuçados, Caramelos & Sonetos” é o seu mais recente trabalho.
Dele respigámos “O Papagaio”
Recebido em: vianadoalentejo@hotmail.com
11 comentários:
Já agora talvez fosse interessante informarem onde se poderá adquirir este livro.
Não digam nada, não digam nada, essa eu acho que sei - nas livrarias ?
Por acaso um livro muito bom, tal como outros do mesmo autor. Já tive o prazer de o ler, é esta cultura que devem apoiar.
Não concordo. Devemos apoiar e incentivar a cultura dos "Anjos".
O poeta é um anjo, portador da poesia, a palavra de Deus. Apoiar a poesia é apoiar os anjos!
Ó meuzzzzz amigozzzzz, então nenhum de vocês tem nome? Andam escondidos de quê? Bem o meu o meu comentário também vai sair anónimo, só que me chamo João de Sousa Teixeira e não tenho blogue...exactamente, o autor do tal livro.
Bem, al grano: o livro não é comercial no santido público do mesmo, mas quem o quiser pode contactar-me através do e-mail
teijoao@gmail.com.
Vá, "apareçam"! caso contrário não podemos ser amigos.
abraços
João Teixeira
Todos nós temos nomes,mas os nomes nada interessam, interessam sim as ideias.
E a "ideia" do meu amigo é a de falar pelos outros ("todos nós").
tá bem, é uma ideia. A minha é a de que tudo o que for realmente meu (ou de mim) há-de levar a minha assinatura, ensinou-me Bernardo Santareno. Aceite, entretanto as minhas desculpas, porque pensei que fossem anónimos involuntários.
E cá vai: João Teixeira
"Pouco a pouco o sol vai nascendo para onde se acostumou. Deixa riscos grossos e vermelhos no céu tão azul como é o sonho, tão limpo como é a água, tão efémero como é o nosso olhar que o fixa agora e permite depois o cerrar das pálpebras, o sono, talvez o sonho ou a prece a uma qualquer Senhora ou Santo o favor de um dia, de dia para dia."
Na verdade, bela é a sua poesia.
No entanto, “sem o saber”, é-lhe dado justo relevo num Blogue anónimo que, por lhe dar jeito, o Sr. não descarta.
E cá vai: José Luís Potes Pacheco, umas vezes assina e outras não.
Tenho portanto o previlégio de falar para o amigo José Luis Potes Pacheco, não é verdade?
Dois apontamentos:
1.O "conhecimento" público a que nos damos, raras vezes "reconhecimento",tem princípios, tem ética e é uma necessidade -por ausência de quem o deveria fazer e não faz- caso contrário vai para a gaveta. Mas não ponha a tónica, quer dizer, o belisco, no "aproveitamento" do blogue, porque este é dos mais bem feitos que conheço. A questão do anonimato aqui é secundária, embora importante para mim porque, como sabe, sou de Castelo Branco.
2. A transcrição que faz é da capa do livro e não da folha em que está inserta, por isso tem uma gralha: é "pouco a pouco o sol vai descendo". Assim faz mais sentido.
Pois bem, meu caro amigo, quando me vir na rua, cumprimente-me. Terei muito gosto em fazer o mesmo!
João Teixeira
Caro João Teixeira, apreciei som satisfação a sua reacção ao meu comentário e a forma excelente como expressa as suas ideias no papel, mas diga-se em abono da verdade que outra coisa não seria de esperar.
Não sendo surpresa para mim, constatei que é imune às “picadas” de abelhas, ao contrário de outros seres que, utilizando roupa de protecção adequada para lidar com a colmeia, serpenteiam cada vez que algum insecto tenta posar na sua reluzente carapaça.
Concordo inteiramente consigo na avaliação que faz do Blogue Viana e Tal, “porque este é dos mais bem feitos que conheço”, plagiando as suas palavras.
Quando o identificar, por aí, terei muito gosto em cumprimentá-lo e, se a oportunidade surgir, trocar algumas ideias consigo.
José Luís Potes Pacheco
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